Anayde Beiriz, homenageada da 7ª edição


Reprodução da Internet: Contracapa do livro "Anayde Beiriz: panthera dos olhos dormentes", de Marcus Aranha
Anayde Beiriz (João Pessoa, 18 de fevereiro de 1905 " Recife, 22 de outubro de 1930) 

Poetisa e professora, escandalizou a sociedade retrógrada da Paraíba dos anos 20 com o seu vanguardismo: usava pintura, cabelos curtos, saía às ruas sozinha, fumava, não queria casar nem ter filhos, escrevia versos que causavam impacto na intelectualidade paraibana e escrevia para os jornais. Foi amante de João Dantas, que em julho de 1930, matou João Pessoa (na época, presidente da Paraíba) por motivos políticos. Banida da História pelo preconceito, a ponto de proibirem as crianças de pronunciar seu nome, só se tornou conhecida através do filme Parahyba, Mulher Macho, de Tizuka Yamasaki.

Para a mentalidade conservadora da sociedade brasileira à época, particularmente na Paraíba, Anayde não era uma mulher bem vista por causa das idéias progressistas que alimentava: como poetisa, participava ativamente do movimento intelectual, envolvida em acontecimentos artísticos e freqüentando saraus literários; como cidadã, defendia a participação das mulheres na política, em uma época em que sequer podiam votar.

“Eu escrevo para criar um mundo
no qual possa viver.
Procuro criar um mundo
como se cria um determinado clima,
uma atmosfera onde eu pudesse respirar."
Anayde Beiriz

Fonte: O Nordeste.com

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