Que venha a Flibo 2015!
Abram alas meus amigos
Vamos contar uma história
A Flibo 2015
É café feito na hora
Pois o tema é cordel
Pegue lápis e papel
Vamos botar verso pra fora.
Deixe a rima criar asas
Solte a imaginação
Escreva em verso de repente
Sem esquecer a oração
Na base do improviso
O preciso mais preciso
Com alma e coração.
A ABES é um bebê
Tem apenas cinco aninhos
Mas já escreve sua história
Nas asas dos passarinhos
Pousando em cada recanto
Contagiando com encanto
Fazendo ali o seu ninho.
E grande a responsabilidade
Mas é muito prazerosa
Entrando na casa da gente
Caminhando em verso e prosa
Deixando o povo contente
Por conhecer o repente
Dessa cultura vigorosa
Esse ano meus amigos
Leandro Gomes de Barros
O pai do verso e do improviso
É o grande homenageado
Que com a arte do repente
Contagia muita gente
Sendo assim muito estudado.
Que com a arte do repente
Contagia muita gente
Sendo assim muito estudado.
O rio a ser navegado
É de água cristalina
E na embarcação contem
Palavras, versos e rimas
Penduradas num cordão
Diga a sua opinião
Se concorda ou desatina.
Contudo se não concorda
Não fique fora do clima
Essa estrada ainda é longa
Não desanime menina
Se alguém me perguntar
Me arrisco a falar
Dessa construção de rima.
A ABES começou em
2009 me lembro
As ideias iam surgindo
Parece até que to vendo
Uma garrafa de café
Um bucado de papé
E umas meninas escrevendo.
E como toda plantação
Precisa de investimento
Pra poder brotar do chão
Lhe falo com sentimento
Da ausência de um porvir
Do nosso bolso a fugir
É esse seu movimento.
A teimosia era grande
Dizia Rodrigo Apolinário
Dessas meninas teimosas
Entrando nesse cenário
O dinheiro podia faltar
Mas não iria empatar
A construção do imaginário.
Termino pelo café
Que saudosa recordação
Registro aqui com vontade
Aquele pedaço de pão
Uma bolacha canela
E a poesia mais bela
Brotando do coração.
Jane Luiz Gomes, poetisa boqueirãoense (Vice-presidente da ABES)
Junho, 2015.